Mazda RX-8

09/03/2010 20:33

Desde o fim dos anos 60 a Mazda vem apostando nos esportivos equipados com motor de ciclo rotativo e tem se dado bem. O momento de coroação dessa aposta foi a vitória em uma das mais tradicionais provas do automobilismo mundial, as 24 Horas de Le Mans, em 1991, com o 787B. Entre os esportivos de rua da marca japonesa, o que mais fez sucesso foi o RX-7, lançado em 1978 e que teve a terceira geração apresentada em 1993. Agora, dez anos depois, chega o RX-8 para continuar a saga do esportivo japonês.

O desenho arrojado do RX-8 chama a atenção por detalhes como pára-lamas dianteiros salientes, larga entrada de ar dianteira e, principalmente, pelas pequenas portas que dão acesso ao banco traseiro. O carro é um cupê, mas vem com portas traseiras do tipo "suicidas", que abrem para o lado esquerdo, ao contrário das dianteiras. De série, o conjunto de rodas são de aro 16 com pneus 225/55R, mas a Mazda oferece outro de aro 18 como opcional. Nesse caso, os pneus passam a ter medida 225/45R.

Por dentro, o revestimento de couro combina com a cor da carroceria e o estilo também é arrojado. Como alusão aos dois rotores do motor, a manopla da alavanca de câmbio tem formato triangular, assim como o detalhe nos encostos de cabeça dos bancos. Os mostradores dos instrumentos parecem ter sido inspirados nos das motos esportivas, com velocímetro digital e marcação até 10 mil rpm no contagiros. No console central fica o aparelho de som da Bose, destacado por um círculo. Para completar os principais itens do interior ainda há o volante multifunção de três raios e os botões giratórios do controle do ar-condicionado.

O motor 1.3 com duas câmaras de 654 cm³ é o item mais interessante do RX-8. No lugar dos cilindros, bielas e pistões convencionais, há dois rotores triangulares que giram, cada um em uma câmara, comprimindo os gases de admissão e escape em uma parede circular. Com ajuda do alto nível de rotação que alcança, o motor Renesis 13B do Mazda esportivo consegue extrair 250 cavalos a 8.500 rpm e 22 kgfm de torque a 5.500 rpm, no caso da versão com câmbio manual de seis marchas. Com caixa automática de quatro, a potência cai para 210 cv e o torque chega a 22,7 kgfm a 5.000 rpm, nada espantoso, mas suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em torno de seis segundos.

O principais elogios ao RX-8 são dirigidos à estrutura da carroceria, rígida e com perfeita distribuição de peso (50% para cada eixo). Essas qualidades contribuem com a boa dirigibilidade do carro, cujo comportamento é exemplar nas curvas de acordo com as revistas especializadas que testaram o RX-8. O baixo centro de gravidade e o capô rebaixado também ajudam a curtir esse cupê japonês faixa preta.

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