Sistema de direção hidráulica

10/03/2010 18:54

Sistema de óleo sob pressão se encarrega do ‘trabalho pesado’.
Já a direção progressiva deixa o volante mais rígido conforme a velocidade.

Com o tempo, a direção hidráulica se popularizou e deixou de ser um artigo de luxo apenas para carros grandes. Sua finalidade é atenuar o esforço do motorista, que passa a comandar a parte mecânica com maior facilidade, uma vez que o maior trabalho é feito hidraulicamente. Essa redução de esforço faz o motorista poupar 80% da energia que seria empregada para movimentar a direção.

A função básica do sistema de direção é transformar o giro do volante em um movimento lateral das rodas dianteiras, definindo a trajetória do veículo. O método mais comum empregado nos automóveis é a direção simples, do tipo pinhão e cremalheira.

Em regras gerais, o pinhão é fixado à coluna da direção e quando o motorista vira o volante, ele gira e movimenta a cremalheira. Em conseqüência, esterça as rodas para a direita ou esquerda. Esse sistema é muito simples, por isso, possui menos componentes e isso representa menos custo. O segundo modelo mais utilizado é do setor e rosca sem fim, porém, ele já conta com uma quantidade de componentes maior. Esse tipo de sistema é mais adequado para veículos pesados, como ônibus e caminhões.

Como o método convencional não possui assistência hidráulica, o motorista faz todo o esforço para a direção virar de um lado a outro. Já a direção hidráulica, nosso tema da coluna, se encarrega do trabalho pesado e deixa para o motorista apenas a função de indicar o rumo.

O sistema é simples, constituído pelo mecanismo da direção, normalmente do tipo pinhão e cremalheira do sistema convencional, mais uma bomba hidráulica, um reservatório de óleo e diversas tubulações de alta e baixa pressão por onde o fluido circula.

O princípio de funcionamento da direção hidráulica é assim: um sistema com óleo sob pressão exerce a maior parte do esforço necessário para girar as rodas. A pressão do óleo é aplicada no instante em que o motorista vira o volante da direção. A ação hidráulica ocorre com auxílio do fluido que circula sob pressão na tubulação do sistema. Para isso há uma válvula especial que se abre e fecha quando o volante é virado de um lado a outro. Ao abrir, ela permite que o óleo despejado sob pressão aplique a uma determinada força a um pistão que vai acionar a barra de direção.

A bomba que atua na direção hidráulica é acionada pelo motor do carro por meio de polia e correia. Como a bomba funciona constantemente, bombeando fluido o tempo todo, ela chega a desperdiçar potência e essa perda no final das contas representa um maior consumo de combustível. Mas é assim mesmo, o conforto tem sempre um custo extra.

Alguns carros contam com a direção hidráulica progressiva, que nada mais é que um mecanismo que torna o volante mais rígido a medida que a velocidade aumenta. A direção do tipo eletrônico confere a velocidade e após essa leitura aciona a válvula que gerencia o fluxo de óleo pelo sistema. Esse fluxo faz a direção ficar mais pesada ou mais leve. Para se ter uma idéia, no sistema tradicional de assistência hidráulica quanto mais o carro ganha velocidade mais a direção fica mole, pois a bomba libera mais ou menos fluido conforme as rotações do motor. No sistema eletrônico a centralina recebe a informação da velocidade através de sensores e a partir de então comanda a abertura ou o fechamento da válvula que controla a vazão do fluido pelo sistema. Em outras palavras, esse sistema mantém a direção sempre estável, sempre segura.

O conjunto da direção hidráulica requer alguns cuidados. O nível do fluido precisa ser verificado periodicamente e quando necessário ser completado com o fluido que atenda as especificações contidas no manual do proprietário. Se a quantidade estiver muito baixa ou logo após completar o volume voltar a baixar é preciso levar o carro até uma oficina especializada para uma análise específica, pois deve haver algum vazamento.

Vale lembrar que mesmo sem óleo a direção vai funcionar, porém apenas o modo mecânico, ou seja, a direção fica mais pesada e o motorista chega a fazer mais esforço que uma direção mecânica convencional.

Curiosidade:
Na maioria dos carros, normalmente são necessárias três ou quatro voltas completas do volante para fazer com que as rodas se movam da esquerda para a direita ou, como se diz no meio automotivo, de batente a batente.

Fonte: G1

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