Nas férias, cuidado com o estofamento
10/03/2010 21:02
Confira as dicas de especialistas para manter o revestimento em ordem.
Atualmente, o tecido utilizado pela indústria automobilística é baseado no poliéster, sendo que a evolução ocorre basicamente no tipo de montagem da malha. Dependendo da categoria do carro e do tipo de acabamento, a trama podem ser arranjada de forma trançada ou fio a fio, em um processo de tecelagem. Dolores Galvão, da VW, cita como uma evolução a tecnologia Embossed aplicada nos bancos do novo CrossFox. Por meio de uma prensa com solda, é possível trabalhar com a espessura da espuma e conferir formatos inovadores aos encostos. As evoluções, porém, ainda não conseguiram criar o tecido “auto-limpante”.
Como uma das vantagens do poliéster é a resistência e facilidade para limpeza, as fabricantes não julgam necessário nem recomendam efetuar a impermeabilização da parte interna do veículo, serviço muitas vezes “empurrado” nas revendas e lojas especializadas. Nascimbeni, da Ford, destaca que “um serviço muito bom é o oferecido por algumas empresas em que uma máquina solta um pouco de água com sabão neutro, esfrega o tecido e já aspira o líquido sem deixar escorrer”.
Couro exige cuidados especiais
Um dos revestimentos mais requintados utilizado atualmente, o couro, merece cuidados especiais. Apesar de ser cobiçado por atributos como o maior conforto e a sofisticação que confere ao interior de um automóvel, o material natural também oferece mais higiene, já que ele não retém pelos de animais, por exemplo. Sione Simacoski, proprietário da Auto Estofamentos Paraná, aconselha que um dos principais cuidados com o couro é mantê-lo sempre limpo: “O contato da pele com o banco acaba fazendo com que a gordura forme uma espécie de graxa que, exposta ao sol, acaba ‘fritando’ o couro e formando uma mancha”.
Quem optar por realizar uma limpeza em casa dos bancos de couro deve usar somente água e sabão neutro, sendo que o ideal é realizar o procedimento no mínimo duas vezes por ano em carros com esse tipo de revestimento (ou quatro no caso daqueles que utilizam poliéster). Os especialistas recomendam também evitar produtos que anunciam brilho extra. “Silicone, por exemplo, é um veneno”, revela o empresário paranaense. “A impermeabilização com hidratante específico feita de forma profissional é um grande aliado para manter os bancos de couro em perfeito estado por mais tempo.”
Quem tem um carro com interior de couro sabe que não é raro notar em tonalidades mais claras do composto, como gelo ou bege, a formação de manchas pretas nas laterais dos assentos. Simacoski explica que isso ocorre devido ao contato constante das roupas e o único meio de evitar seu aparecimento é mantendo o local sempre limpo. “Antigamente, o couro utilizado nos carros era lustrado, porém ele fazia alguns barulhos com o desgaste e deixava que os passageiros escorregassem nas curvas, principalmente as crianças. Para solucionar algumas queixas de clientes, a partir dos anos 90 a indústria passou a adotar um padrão fosco e rugoso aos tecidos, que, consequentemente, também resulta em mais atrito.”
Fonte: Carro Online
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