Ferrari 612 Scaglietti

09/03/2010 20:16

A marca Ferrari lembra os vitoriosos modelos de competição e os superesportivos com potência de sobra. Mas também há espaço na linha de montagem em Maranello (Itália) para os cupês velozes, que podem levar quatro ocupantes com conforto, como o 612 Scaglietti, que acaba de chegar como substituto do 456 GT. O modelo ganhou o sobrenome de Sergio Scaglietti, que trabalhou como projetista nos primeiros anos da Ferrari, em Modena (Itália). Uma justa homenagem, pois Scaglietti era mestre em esculpir peças de alumínio.

As linhas fluidas do carro, assinadas pelo estúdio Pininfarina, têm detalhes inspirados no clássico 375MM de meados dos anos 50, um dos carros que foram da atriz Ingrid Bergman. As formas arrojadas da carroceria escondem a estrutura feita 38% de alumínio, o que contribuiu com uma economia de peso de 60 kg. A rigidez torcional também foi levada a sério, bem como a distribuição de peso (46% na frente e 54% atrás). Assim, segundo a marca italiana, a dirigibilidade do Scaglietti ficou compatível com a de um esportivo com motor traseiro.

Em relação ao antecessor, o novo esportivo é 140 milímetros mais longo, o que aumentou o espaço interno e o volume do porta-malas em relação ao agora extinto 456GT, que leva 190 litros, ante os 240 litros do 612. O requinte e a sofisticação do interior inclui revestimento de couro com o cavalinho empinado moldado nos encostos dos bancos dianteiros. Há quem prefira ouvir a sinfonia do motor V12, mas se a escolha for pela música preferida, o sistema de som vem com CD player Bose de seis canais.

O motor V12 é dianteiro e tem exatos 5.748 cm³ de cilindrada, com 540 cavalos (98 cv a mais que o 456 GT) e 60 kgfm de torque a 5.250 rpm. O emprego do alumínio e de novos dutos de aspiração e exaustão estão entre os detalhes do projeto do propulsor, gerenciado pelo módulo de controle eletrônico Bosch ME7, de última geração. A alta taxa de compressão (11,2:1) é outro sinal do espírito esportivo do 612, que vem com câmbio de seis marchas na parte traseira para distribuir melhor o peso entre os eixos. Tudo isso acaba levando ao desempenho superlativo: 0 a 100 km/h em 4,2 segundos, primeiro quilômetro percorrido em 22 s partindo da imobilidade e velocidade máxima de 315 km/h.

Os puristas devem torcer o nariz, mas nesse novo modelo a Ferrari incluiu um sistema de controle eletrônico de estabilidade (CST, ou Controllo di Stabilità e Trazione), que corrige automaticamente as derrapagens nas curvas. Mas esse sistema pode ser desligado para alívio dos que esperam mostrar seus dotes de piloto sem nenhuma intervenção da eletrônica. E haja pneus para se apoiar. Na frente, eles estão montados em rodas de aro 18, com medida 245/45ZR 18 e 285/40ZR 19 atrás. Para evitar surpresas desagradáveis, a pressão de calibragem é monitorada eletronicamente.

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