Chevrolet Corvette Z06

08/03/2010 18:24

Há algumas máquinas que nascem com um propósito básico, o de serem aceleradas. Esse é, sem dúvida, o caso deste belo exemplar do que a engenharia americana, tão acostumada a criar carros grandes, beberrões e com suspensão extramacia, pode fazer: o Chevrolet Corvette Z06. Mais leve e potente que o carro de produção normal, o C6, o Z06 é o que a empresa podia fazer de mais sofisticado para venda ao público.

Em primeiro lugar, por conta do poderoso motor LS7, um V8 de 7 litros. Apesar da megacilindrada deste motor, ele não é um big block, mas sim o maior small block já produzido pela GM, fazendo o Corvette voltar à famosa medida de 427 polegadas cúbicas. Com bloco de alumínio, o LS7 rende 512,6 cv a 6.300 rpm e tem torque de 65 kgm a 4.800 rpm, com corte de rotação aos 7.100 giros. Poderia ser mais potente, mas o propulsor adota uma configuração conservadora, bem ao gosto americano, que prefere um conjunto mais durável.

As válvulas, por exemplo, são de titânio, mas o comando é no bloco, como nos antigos motores 4.1 que equipavam o Opala. Também há apenas duas válvulas por cilindro, uma de admissão e outra de escape. E basta, já que, apenas com isso, o motor já se torna forte demais. O virabrequim é de aço forjado, para suportar o esforço que a compressão de 11:1, alta para um motor americano, impõe. O motor é todo montado por uma equipe especial no Centro de Performance de Wixom, no Estado de Michigan, que pesa cada uma das peças em balanças de precisão para que todas tenham exatamente o mesmo peso.



O conjunto consegue ser razoavelmente leve (1.421 kg, em ordem de marcha), considerando que o Corvette, apesar de baixo (1,24 m de altura), é grande (4,46 m de comprimento), o que foi obtido com o uso intensivo de materiais leves, como fibra de carbono, magnésio e alumínio.

O desempenho de um conjunto destes é exatamente o que se pode esperar dele, talvez melhor: 0 a 100 km/h em 3,7 s e máxima de 318 km/h, obtida, segundo a Chevrolet, nas autobahns da Alemanha. No mesmo país, mais exatamente no circuito de Nürburgring, de cerca de 20 km, o Corvette completou o traçado em 7 minutos e 43 segundos. O consumo, surpreendentemente, é de 11 km/l, melhor que o de muito sedã brasileiro de motor muito, mas muito menor.

Por dentro, o carro é meio estreito e o acesso, como convém a esportivos dessa estirpe, é complicado. Bem instalado, o motorista tem diante de si todos os instrumentos de que poderia precisar para conduzir bem o carrão, inclusive um acelerador lateral.

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