Calotas: por que elas se soltam?

08/06/2010 13:44

Ela foi criada, basicamente, para melhorar o visual dos carros equipados com rodas de aço. Feitas de material plástico, as calotas também protegem o aro de leves impactos contra a guia, por exemplo, quando o condutor manobra para estacionar. Mas por que elas se soltam? Segundo Antônio Gaspar de Oliveira, diretor técnico do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sindirepa – SP), existem três principais motivos para que isso aconteça:

1- Quando os pneus passam por buracos e irregularidades no piso, a estrutura de fixação das calotas presas nas rodas vai se deterionando.

2- Em manobras de estacionamento, ao encostar na guia ou qualquer outro obstáculo, essa mesma estrutura também é danificada

3- Velocidades muito elevadas também causam danos na fixação.

Além disso, caso essa estrutura de fixação já esteja danificada por pelo menos um desses motivos, ao abusar da velocidade nas curvas, a calota tende a se desprender. Por isso, além de evitar um dos três itens acima também é preciso tomar certos cuidados na hora de escolher um jogo desse acessório.

“As calotas originais, vindas da fábrica ou adquiridas em concessionárias, são confiáveis. Geralmente fixadas pelos próprios parafusos das rodas, ela se mantêm bem presas mesmo em altas velocidades”, diz Oliveira.

Ele lembra que o mercado de reposição também oferece calotas de qualidade, mas nem todas cumprem bem o seu papel. Muitas delas são fixadas apenas por encaixe no contorno da roda, o que nem sempre funciona adequadamente. “Quando o produto peca pela falta de qualidade não há como evitar que ele se solte com o uso. O ideal é investir em acessórios bem feitos para evitar prejuízos e acidentes com calotas que podem decolar a qualquer momento.”

O mesmo vale para a calota parcial, aquela menor, presa apenas ao centro da roda. Oliveira lembra que a função também é estética, mas, nesse caso, essa tampa serve para esconder os parafusos (ou porcas) ou as ponteiras das juntas homocinéticas. “Em relação à qualidade, é a mesma coisa: as originais dificilmente se soltam, mesmo que presas apenas por pressão”, diz.
No caso de rodas sofisticadas, que contam com calota presa por parafuso próprio, a segurança é ainda maior. Segundo o diretor, além de dificultar o roubo, esse reforço também ajuda a evitar que a peça saia voando por aí. Em relação à conservação do acessório, não é preciso ter cuidados específicos. “Basta lavá-lo, com o mesmo cuidado usado para deixar as rodas limpas.”

Visual X funcional
Além da questão da fixação das calotas, Oliveira atenta para um aspecto perigoso. “Soube que chegou ao mercado um tipo de calota que deixa uma roda de aro 13”, por exemplo, com visual de aro 15”. É um acessório de dimensão maior feito especificamente para se encaixar em aros menores”, explica. O problema, segundo o diretor, é que as extremidades da peça ficam em contato direto com a lateral do pneu. Com o tempo de uso, a borracha pode sofrer desgaste excessivo até estourar, um risco e tanto para o motorista e quem estiver por perto.

Outro problema são aquelas peças muito fechadas, que prejudicam a ventilação do sistema de freios. Nesse caso, alerta o diretor, pastilhas e lonas podem aquecer demais, o que diminui drasticamente a capacidade de frenagem. É acidente à vista. Para evitar problemas desnecessários, fica a dica: abra bem os olhos – e a carteira – para não levar gato por lebre.

Fonte: Auto Esporte

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