Calibragem sem segredos - Parte I

Se tem uma coisa que pouca gente liga, seja pode esquecimento ou a sempre alegada falta de tempo, é a calibragem dos pneus – coitadinhos.

A calibragem ideal geralmente é determinada pela fabricante do veículo. Ela é baseada nas características do pneu, além do peso, torque, capacidade de carga, velocidade e geometria do veículo. A maioria dos carros tem duas calibragens apontadas lá no manual – uma com meia carga e outra com o veículo em modo "viagem de fim de ano para a praia".

Quando são instalados pneus com dimensões diferentes das originais, a quantidade de km rodados em média e/ou a roda, deve-se reajustar a calibragem. Veículos com kit gás ou que andam com peso acima ou abaixo do normal também necessitam disso. Na dúvida, consulte um revendedor da marca dos seus pneus.

Todo pneu tem calibragem, peso e velocidade máximos que devem ser respeitados.

A calibragem ideal garante o máximo de durabilidade, aderência, tração e segurança em situações de emergência. Em estradas esburacadas, por exemplo, deve-se aumentar um pouco a pressão para evitar cortes na lateral.

Segundo as fabricantes, cada libra abaixo do ideal gera uma perda de 5% no consumo. Acima, cerca de 3%. Como em geral os pneus perdem 1 libra por mês, você precisa dar uma checada de duas em duas semanas ao menos, ou então trabalhar com uma calibragem um pouco acima. Carros com kit gás devem usar de 2 a 6 libras a mais, devido ao peso extra.

No uso cotidiano, alguns especialistas indicam que até compensa rodar com pressões de 1 a 3 libras acima do normal. Entre as vantagens, maior dirigibilidade em velocidade, proteção do pneu contra cortes laterais e buracos, evita que o pneu desencaixe da roda (destalonamento), deixa a direção mais macia e dá respostas mais rápidas do volante.

Por outro lado, deixa o carro pior em termos de tração em terrenos arenosos e com lama (aumenta o risco de atolamento) e pode trazer certo desconforto para alguns, pois o carro fica mais "duro".

Fonte: https://goodyear.jalopnik.com.br